segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Isaac, o Pirata de Christophe Blain



Isaac, o Pirata é uma grande aventura épica com todos os ingredientes para se tornar um grande clássico dos quadrinhos modernos, contendo: batalhas, intrigas, amores e traição sendo na minha opnião um dos melhores HQ alternativos da França, lembrando muito o estilo do escritor Belga, Hergé das Aventuras de Tintin. Isaac, o Pirata foi vencedor do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora em Portugal e no Salão de Angoulême, o mais importante dos quadrinhos franceses, em 2002.


Em nosso primeiro contato com a obra é muito fácil de notar que os traços de Christophe Blain, lembram muito cartunesco, mais como o próprio escritor afirmou, que seu traço não pretende ser preciso e nem muito apurado. Pelo contrário, busca o equilibrio entre o desenho e o roteiro e está é a grande sacada para tornar-se uma leitura tão prazerosa. Para ele, existe um conflito que todo quadrinista precisa resolver: o cérebro que cria a história é muito mais veloz do que a mão que concebe a imagem.

A edição nacional do álbum Isaac, o Pirata, lançado pela editora Conrad chegou ao Brasil com as três primeiras aventuras de nosso herói Isaac Sofer (As Américas, As Geleiras e Olga), a edição nacional pode ser encontrada em livrarias,  bancas especializadas ou até mesmo com sorte perdida em algum Sebo e com um preço bem atrativo, a edição nacional foi toda rodada no estilo nanquim e canson que na minha opinião ficou muito bom, com seus personagens em estilo caricatus de um charme a mais, já a edição francesa que foi feita totalmente colorida ficou bem requintada, más para aqueles que já conhecem os quadrinhos lançados no Brasil, as editoras fazem de tudo para economizar e o preço final não ficar tão salgado.


Sucesso de público e crítica na Europa, Issac, o Pirata é uma obra indispensável, que eu considero biblioteca básica na estante de qualquer fã dos quadrinhos modernos e para quem quer ficar a par do que há de novo nos quadrinhos europeu, como para aqueles que apreciam o gênero das grandes aventuras épicas.


Em um breve resumo, trata-se da história de Isaac, um pintor em inicio de carreira, sem dinheiro e noivo de uma bela mulher(Alice), que nutri desejos de se aventurar pelo mar e ficar reconhecido por pinturas que registram grandes aventuras. Essa possibilidade surge quando é convidado por um estranho a sair em uma curta viagem a bordo de um navio mercante, encarregado de documentar em desenhos e pinturas toda a jornada. Ele então se despede de sua noiva com a promessa de voltar em breve, famoso e cheio de dinheiro. O que Isaac não sabia, é que acabaria a bordo de um navio pirata numa longa expedição rumo à Antártida, comandado por um capitão obstinado em escrever seu nome na história com a descoberta de novas terras no continente gelado, objetivo perseguido por várias navegações a partir do século XV.


O autor Christophe Blain faz parte de uma geração que vem revolucionando o panorama dos quadrinhos europeus. Seguindo o caminho aberto por artistas como Hergé e Tardi e trazendo contido toda a bagagem da vanguarda dos quadrinhos do último século, Blain consegue ser inovador mesmo em revisitar antigos temas. Blain está prestes a se tornar um autor cult dos quadrinhos, graças a Isaac, o Pirata, uma série exuberante e intimista disfarçada de quadrinhos de aventura, seduz pela humanidade de seus personagens e pelo talento narrativo.


O segundo volume de Isaac, o Pirata, com as últimas três aventuras de nosso herói ainda não tem data para ser lançada no Brasil, pois está dependendo do encerramento da saga, pois na França foram lançadas cinco aventuras e existe uma grande possibilidade dor lançamento de um  filme de longa metragem baseado nesta grande história.

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